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  • Foto do escritorDaluco

Ford Galaxie 1967

Atualizado: 22 de dez. de 2023



Aqueles que estiveram no V Salão do Automóvel, em novembro de 1966, tiveram a sensação de ter aplicado muito bem os 1000 cruzeiros pagos pelo ingresso. Os carros expostos eram de acelerar o coração: o esportivo Uirapuru, o sofisticado sedã Esplanada, a limusine Itamaraty Executivo, o arrojado Puma e até o Onça, um esquisito protótipo que lembrava um Mustang, montado sobre um chassi do FNM 2000. Mas era no estande da Ford que estava a estrela maior, o Galaxie 500. A grande carroceria de linhas retas e a grade que preenchia toda a frente encantou o público e a crítica. E se o Ford agradou parado, no Salão, quando foi para as ruas, no início de 1967, arrasou.

Com um espaço generoso, macio e silencioso ao rodar, o Galaxie estabeleceu um novo padrão de conforto. “Dá para dirigir com apenas um dedo”, diziam os primeiros felizardos que experimentaram o carro, referindo-se à direção hidráulica, uma novidade nos carros nacionais de então.

Ainda hoje o Galaxie impressiona pelas qualidades que fizeram sucesso na época do lançamento. O espaço dos bancos é mais do que suficiente para seis pessoas e poderia acomodar até oito passageiros. O quebra-vento, acionado por uma manivela, ou a luz que ilumina o isqueiro são detalhes que impressionaram na época. Porém, nada supera o painel, com o velocímetro de escala horizontal, uma solução típica dos carros americanos dos anos 60.

O câmbio é manual, de três marchas – a transmissão automática era exclusividade do LTD, a versão mais luxuosa, lançada em 1968 -, e o freio de mão é no pé: pisa-se para travar e puxa-se uma alavanca debaixo do painel para soltá-lo. A direção leve esterça o bastante para compensar o tamanho do carro, um modelo 1968 com o motor de 164 cavalos, o primeiro e menos potente dos motores que equiparam a linha, que chegou aos 199 cavalos na famosa versão 302, canadense. Mas ele anda bem, apesar do seu peso de 1780 kg, desde que se pise com decisão no acelerador.

O “500” que compõe o nome do carro é uma alusão às provas de longa duração muito comuns nos Estados Unidos – como as 500 Milhas de Daytona – nas quais o carro logo ganhou fama de vencedor. O Galaxie surgiu em 1959 como uma versão do Ford Fairlane. Fez tanto sucesso que ficou independente já no ano seguinte. A família cresceu com as versões duas portas, conversível e quatro portas sem coluna.

Depois do Galaxie e do LTD, veio o LTD Landau, em 1971, o top da linha. Sua marca registrada era o pequeno vidro traseiro e o “S” em cada coluna C. A partir de 79 somente o Landau continuou a ser produzido. No dia 14 de janeiro de 1983, os revendedores Ford receberam um comunicado assinado pelo gerente geral de vendas da fábrica que anunciava o final da produção do Landau. No total, 77.850 Galaxie saíram da linha de montagem da fábrica da Ford no Ipiranga, em São Paulo. O que consola os fãs do Galaxão é que muitos continuam rodando macio e com saúde.

Texto: Sérgio Berezovsky Revista 4RODAS ed. Abril





Finalmente consegui um exemplar dessa miniatura da coleção Memorables de México, graça ao meu amigo David Lara que gentilmente se dispôs a trocar meia duzia de minis comigo. Ao receber a miniatura notei uma pequena sujeira no lado interno do vidro, resolvi abrí-la para limpar e para minha surpresa tive a derradeira constatação de que essa miniatura deveria ter vindo na nossa coleção de Carros Inesquecíveis. Uma referência gravada internamente mostra claramente BR25DP, lembrando que na coleção original de 2012 esse modelo era o número 25.


No mais o pequeno carro não me parece ter sido produzido pela IXO, foge aos padrões da empresa apresentando a parte da carroceria, em amarelo na mini, em metal e a capota que está em branco é feita em plástico com duas "abas" que se estendem sobre a carroceria e não se encaixam muito bem com essa, uma pena. Para corrigir isso só com alguma habilidade na lixa ou uma repintura total...


Até mais!

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